dois dias e questões aleatórias

 Daqui a dois dias faz um ano que perdi o Marley.

Por questões várias tenho andado num remoinho próprio de mim, insustentável, numa esquina a procurar o proximo caos onde se enfiar.

Acho que não é a vida que nos torna tudo complicado mas nós que complicamos tudo, seria mais fácil se tivesse nascido rica, mas mesmo assim, penso que teria a mesma capacidade para complicar o que facilmente se poderia descomplicar.

Pergunto-me constantemente se mereço estar aqui, se mereço grande parte do que tenho e do que me rodeia. não me sinto sempre boa, não me sinto sempre bem.

E tenho dias que inclusive quero errar, errar tanto e propositadamente. sem receio de alguma palavra menos amiga ou um olhar mais reprovador. 

A minha cabeça anda atolada com tantas perguntas e tantas magoas que eu não sei.

-estou a recomeçar?

-ou estarei eu parada, algures, no nada. faça o que fizer, não adianta. vou me sentir sempre, sempre assim.

Li algures, depois de umas pesquisas de meia noite, que o sexo é apenas 20 % de uma relação mas que a falta dele significa muitas vezes 100% da perda da relação. 

depois, mas no mesmo contexto também era indicado que para um bom sexo o casal teria que ter uma boa comunicação, ser bastante intimo, empático até.

Perguntei-me então como se poderia dar mal um casal que tivesse um sexo realmente bom. 

Ando a questionar demasiado e demasiadas coisas, eventualmente quando uma pandemia acalmar espero conseguir organizar melhor os meus pensamentos / sentimentos.

Finalmente algo bom saiu de algo mau, falo, pois claro, da pandemia. 

Critico-me acima de tudo, mas soube muito bem voltar a desenhar, principalmente com o carvão.


tão bruto que é o carvão.

e tão bonito.

tenho saudades de uma exposição. uma boa exposição.

daqui a dois dias, Marley.


é daqui a dois dias, meu amor <3

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